ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 13.10.1988.

 


Aos treze dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Qüinquagésima Sétima Sessão Solene da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada a proceder à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Oscar Basségio, através do Projeto de Resolução n.° 38/88, (proc. n.° 1616/88). Às dezessete horas e trinta e quatro minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Artur Zanella, 1.° Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da Presidência; Sr. Oscar Basségio, Homenageado; Senhora Maria Inês Basségio, Esposa do Homenageado; Senhor Marcos Rachewski, Diretor do Clube dos Diretores Lojistas; Jornalista Wilson Muller, representando, neste ato, a Associação Riograndense de Imprensa; Ver. Aranha Filho, na qualidade de Secretário “ad hoc”. A seguir o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Jaques Machado falou de sua satisfação em participar, como proponente, da presente solenidade, destacando a participação do homenageado nos movimentos comunitários da Zona Norte da Cidade. O Ver. Lauro Hagemann em nome do PCB, dizendo ter conhecido pessoalmente há pouco o homenageado, discorreu sobre o trabalho de S.Sa, não apenas sobre o aspecto profissional mas, principalmente, social e comunitário. O Ver. Jorge Goularte, em nome do PL destacando ser um defensor da livre iniciativa, saudou o Cidadão e Empresário Oscar Basségio, comentando a importância da classe empresarial para o desenvolvimento da Nação. A seguir o Sr. Presidente convidou o Ver. Jaques Machado a proceder à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Oscar Basségio e concedeu a palavra a  S.Sa., que agradeceu o Título recebido. A seguir o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às dezoito horas e nove minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Artur Zanella e secretariados pelo Ver. Aranha Filho, como Secretário “ad Hoc”. Do que eu, Aranha Filho, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada será assinada pelos senhores Presidente e l.ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Jaques Machado, autor da proposição, pela Bancada do PDT, PDS, PMDB e PFL.

 

O SR. JAQUES MACHADO: Ver. Artur Zanella, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da Presidência da Câmara, meus amigos; senhores aqui presentes.

Dizer que momentos iguais a este sempre são dignos de muita satisfação, porque hoje, neste dia, a Câmara Municipal de Porto Alegre faz a entrega solene do Título de Cidadão Emérito ao nosso querido companheiro Oscar Basségio, figura que se tornou admirada e querida por nós todos, pelos seus relevantes serviços prestados a nossa comunidade. Digo a nossa comunidade porque temos laços de afetividade com Oscar e com muitos comerciantes, aqui presentes, da Zona Norte de Porto Alegre, ou seja, do coração da Zona Norte que, é o 4º Distrito, ali onde temos, atualmente, quase trinta restaurantes, churrascarias, e por uma dádiva divina localizam-se em nossa comunidade. E, ali, no decorrer de uma vida, de muitos anos conhecemos esta gurizada que, na década de setenta, chegavam a Porto Alegre e ali implantavam o ramo de churrascarias, restaurantes de alta rotatividade, coisas que a Zona Sul não tem este privilégio de ter em sua comunidade churrascaria de espeto corrido, do quilate, da grandiosidade da nossa Zona Norte.

Então, neste dia, em que a Câmara está em festa, resta-nos homenagear Oscar Basségio em nome de nossa comunidade, figura que muito tem participado e colaborado em cima das campanhas filantrópicas e beneficentes de nossa comunidade.

Tenho o prazer de dirigir o Hospital da Criança Pobre, Santo Antonio, lado social, onde, seguidamente, levamos ao Oscar, ao Luisinho, pessoal da Churrascaria Nova Brescia, o nosso apelo, as nossas angústias, nossos sofrimentos que temos em cima do Hospital da Criança Pobre, que é o nosso Santo Antonio, em cima da nossa creche dos Navegantes; a própria Festa dos Navegantes, aquele espetáculo, está aqui o Presidente desta Casa, Artur Zanella, festeiro, e ali, seguidamente, “mordemos” o Oscar através daquele pedido. A nossa Escola de Samba, Império da Zona Norte tem uma churrascaria anexa, lá dentro, com o nome de Nova Brescia à Associação dos Amigos do 4.° Distrito o Oscar tem muito colaborado. No meu mandato de Vereador da Cidade de Porto Alegre pedi três Títulos de Cidadão de Porto Alegre, um a Bete Santos, jornalista; outro ao Fernando Schnneider, ex-Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal e ao meu amigo Oscar Basségio que é o Cidadão de Porto Alegre mais novo na história de Porto Alegre, tem 32 anos o Oscar. Veio de Nova Bréscia, trazido, e hoje, neste dia, Porto Alegre o adota, como Cidadão de Porto Alegre.

Oscar, receba neste momento, o meu abraço, em meu nome, em nome também, da Cidade de Porto Alegre, em nome da Associação dos Amigos do 4° Distrito, do Hospital Santo Antonio, da comunidade navegantina, da Creche Na. Sra. dos Navegantes, do Albergue, da Escola de Samba Império da Zona Norte, enfim, neste dia em que teus amigos estão aqui presentes, a gente vê a grande satisfação de todos aqui presentes. Queria frisar, também, os grandes comerciantes da zona norte de Porto Alegre, Romildo Valandro, da Churrascaria Zequinha, - não consigo em parte visualizar - o Paulo, também, da nossa Churrascaria Galetão.

Então, é um dia de festa. E dizer, Oscar, que jamais poderíamos escrever a história do 4.° Distrito se não tivéssemos a pena da nossa caneta molhada no suor e nas lágrimas que derramaste para a grandiosidade de nossa comunidade.

Então, sinto-me feliz, sinto-me honrado em neste dia te conceder e, por unanimidade desta Casa, receber o título de Cidadão de Porto Alegre.

Recebi, também, neste momento, telegramas que chegaram ao meu gabinete, que passo a ler. (Lê os telegramas.)

Bem, meus senhores e minhas senhoras, é um dia de festa, de grande satisfação, chegamos ao epílogo de uma jornada, de um final de um processo legislativo. E neste dia que a Cidade concede o título nos sentimos honrados com a presença de todos vocês. E dizer a ti, Oscar Basségio, que continues por este caminho de conquistar amigos cada vez mais. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa concede a palavra ao Ver. Lauro Hagemann, que fala pela Bancada do PCB.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Ilmo. Sr. Artur Zanella, 1.° Vice-Presidente em exercício; Ilma. Sra. Maria Inês Basségio, esposa do homenageado; Ilmo. Sr. Marcos Rachewski, Diretor do Clube dos Diretores Lojistas, Ilmo. Sr. Wilson Muller, representando, neste ato, a Associação Riograndense de Imprensa; meu Caro Oscar Basségio.

Srs, Vereadores, Senhoras e Senhores, eu não podia deixar de vir à tribuna, esta tarde, para saudar o nosso novo Cidadão. Eu devo confessar que conheci o Oscar na semana passada, embora já tivesse ouvido falar e já tivesse freqüentado, em épocas anteriores, a famosa Churrascaria Nova Brescia. Mas, eu não sabia que a Nova Brescia era dirigida por um jovem do quilate de Oscar Basségio. Encontrei-me com ele, casualmente, há uma semana, na conversa que mantivemos, pude aquilatar imediatamente, que tipo de cidadão é Oscar, e qual o sentido e qual o valor da homenagem que a Cidade está prestando a ele nesta tarde.

Não é o empresário que nós estamos homenageando, é o cidadão prestante da Cidade que ele adotou como sua. Vindo do interior, como tantos de nós, e que aqui desenvolve a sua atividade em favor de todos, a prova está na assistência que vem prestigiar este Ato; seus amigos, seus colegas. Porto Alegre deve se orgulhar de ter entre os seus Cidadãos eméritos a figura de Oscar Basségio, a partir de hoje. Não devo ter a pretensão de falar em coisas mais profundas, porque a homenagem, ela por si só, revela o grau de apreço que todos nós estamos tendo por esta figura. Um jovem que ainda pode dar muito de si em favor dos seus concidadãos e, pelo que pude depreender, esta vontade predomina a força da sua ação. E é neste sentido que quero cumprimentar o Ver. Jaques Machado por ter a idéia de conceder este título ao nosso novo concidadão, Oscar Basségio com os votos de que a Cidade que o acolheu continue sendo para ele um lugar de tranqüilidade, de trabalho e de constantes realizações. Um abraço Oscar. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Jorge Goularte, pelo PL.

 

O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente, Ver. Artur Zanella, Sr. Oscar Basségio, Sra. Maria Inês Basségio, Sr. Marcos Rachewski, meu querido amigo, Diretor do CDL, jornalista Wilson Muller, Ver. Aranha Filho, Srs. Vereadores, amigos e familiares do homenageado, ex-Prefeito João Dib, minhas senhoras e meus senhores.

Eu não poderia ficar sem comparecer a esta tribuna, eu que sou um homem que defendo a livre iniciativa, quero saudar o cidadão e o empresário Oscar Basségio. Entendo que há uma necessidade muito grande de se reconhecer quem não apenas prepara a terra e coloca a semente e colhe para si, mas quem também reparte entre seus irmãos. Assim faz o empresário, porque gera empregos, porque mitiga as necessidades de outras pessoas, porque muitas famílias dependem do sucesso dos empresários, e, neste caso, deste empresário. Não existe empregado bem pago sem empresário forte. E muitas vezes se observa uma verdadeira ojeriza que certos políticos têm em homenagear empresários. Eu o faço com a maior tranqüilidade, com o maior respeito, porque eles proporcionam oportunidade a outras pessoas. Nas dificuldades em que estamos vivendo, no desemprego, na fome e na miséria, é um verdadeiro absurdo não se reconhecer quem gera empregos, quem proporciona oportunidades, quem paga impostos e quem move a máquina da economia, quem gira este País. Este País que precisa de trabalho, este País que só sairá desta crise com muito sacrifício E a demagogia que muitas vezes impera, especialmente num ano eleitoral, com a Constituinte feita apenas com direitos e sem deveres, nos deixa preocupados, porque, repito, sem trabalho não há solução. Nós temos que proporcionar empregos e, lamentavelmente Porto Alegre, nos últimos anos, e eu aproveito a homenagem que se faz a um empresário para falar o que tenho falado desta tribuna há muitos anos, vem, gradativamente, perdendo a liderança empresarial que tínhamos e, aos poucos, Porto Alegre foi perdendo as suas indústrias para os municípios vizinhos e fomos sendo transformados em cidade-dormitório, quando o contrário é que deve ser. Nós temos que ter distritos industriais na Zona Sul, na Zona Norte. Não deveria ter nascido a Restinga, ao meu ver, antes de um distrito industrial. Devia ser em conseqüência de um distrito industrial e não nascer sem o distrito. Porto Alegre precisa trabalhar, repito, enfatizo, insisto, fora disso é sonho. Fora disso não há solução. Eu faço isto nesta tarde para homenagear um empresário. Empresário que não apenas colhe, mas reparte, como fazem os demais empresários desta terra. Exatamente por pareceres de tecnocratas, que queriam esta Cidade pura, sem nenhuma mácula, foram sendo expulsas nossas indústrias. É só andar pelos municípios vizinhos, para verificar quantas indústrias nossas para lá se foram, enxotadas pela estupidez de se querer uma Cidade sem poluição, uma Cidade sem barulho, uma Cidade sem ruído. Existe poluição maior do que o desemprego, a fome, a miséria? Eu tenho essa consciência pelas necessidades que tive na vida, de ter que trabalhar para sobreviver, desde os 9 anos. Dou um valor enorme a quem gera empregos. Por isso, Oscar, eu, que sou teu cliente, sim, estou aqui com o maior carinho, para te trazer o meu abraço e do Partido Liberal, que não tem nenhum problema em defender quem gera empregos, e dizer às pessoas que não tem nenhum problema em querer ver a sua Cidade trabalhar, exatamente quando mais se fala, nesta Cidade, num Projeto que visa a fechar a Cidade nos sábados à tarde. É um momento muito oportuno, sim, para se falar que jamais deve-se fechar a Cidade. Nunca! Eu tenho um Projeto com um artigo só: é livre o funcionamento do comércio em Porto Alegre e revoguem-se as disposições em contrário. Que bom que pudesse ficar aberto a noite inteira, na madrugada, gerando empregos, mitigando a fome. Não precisa ser muito inteligente nem pensar muito para saber que se um empresário trabalha “x” horas, precisa “x” funcionários; diminuindo o número de horas, menos “y”, menos “y” funcionários. Não precisa, também ir muito longe, quando se vê que, há pouco tempo atrás, os bancários pediram a redução do horário de trabalho. Pois bem, milhares de bancários foram demitidos neste País. Não poderia ser diferente, não se inventa nada, não se consegue fazer nada, além daquilo que é natural, que é tranqüilamente compreensível, ao menos para quem não é demagogo, e para quem tem consciência de que só os grandes países do mundo, como o Japão e outros, que só crescem com o trabalho. No Japão, há lojas que nem porta possuem, porque giram 24 horas por dia. Que bom que a minha Porto Alegre possa estar - se Deus quiser, num futuro não muito distante - abrindo as suas portas também de madrugada. Pode ser um sonho meu, mas o empresário é que deve ter a consciência se deve abrir ou não. O meu Projeto é muito simples: É livre o funcionamento do comércio. Se o empresário achar que não deve abrir nem sábado de manhã, não o fará. Ele terá a tranqüilidade de saber que, se não terá retorno, não deverá abrir. A fixação da jornada de trabalho e o cumprimento desta jornada é competência do Ministério do Trabalho e das Delegacias Regionais. A abertura e o funcionamento do comércio é de absoluta competência do comerciante. Fora disso, é tudo sonho, demagogia, é querer batalhar em cima de algo que é completamente incompreensível para quem tem bom senso. Eu estive, há poucos dias, visitando um amigo meu, o Helinho Wolfrid, e pude ver como gira aquela sua empresa, numa negociação tranqüila com seus funcionários, que saem à hora que querem, desde que cumpram o horário que ele determina. Por isto, meu querido Oscar Basségio, peço-te que compreenda por que eu fiz esta ligação. Não estou homenageando só o cidadão, estou homenageando também o empresário de que Porto Alegre tanto necessita e que é tão espezinhado, principalmente em períodos eleitorais, pela demagogia dos incompetentes. Eu quero trabalho, eu quero a minha Cidade trabalhando. Quero que tenhamos pleno emprego e que possamos, num futuro próximo, ter uma Cidade melhor para a melhor gente do mundo, que é a nossa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Ver. Jaques Machado que proceda à entrega do Título.

 

(É procedida a entrega.)

 

Agora, é concedida a palavra ao nosso homenageado.

 

O SR. OSCAR BASSÉGIO: Digníssimo Ver. Artur Zanella, 1° Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da Presidência, Ver. Jaques Machado, que me concedeu o titulo, e a todos os Vereadores presentes, e demais componentes da Mesa. Senhoras e Senhores: A importância da cidadania se manifesta no próprio ato de identificação de uma pessoa: declina-se o nome completo a idade a filiação e logo a seguir a cidade em que se nasceu. Esta passa a acompanhar-nos sempre como integrante da nossa existência tão unida à nós como o nome querido de nossos pais. Porém, na gênese da cidadania se encontra sempre um capricho dos Deuses, pois não somos nós que escolhemos a cidade onde iremos nascer, como não se escolhe a cor da pele, a raça, o país e o tempo de vir ao mundo. Mesmo assim, quem não ama o lugar onde viu a luz? Tão desnaturada é a pessoa que renega a sua terra como aquela que rejeita os próprios pais.

Se tanto amamos e somos gratos à cidade que é a nossa terra natal por um imponderável ato da criação, o que se dirá do amor e da gratidão que nos merece a cidade que nos escolheu para ser seu filho, seu cidadão?

Amo meus pais, Guido e Aldina e meus 14 irmãos. Tivemos uma vida e educação tradicional com muita união e trabalho. Fruto deste trabalho casei-me com Maria Inês da qual nasceu Manoela e estamos à espera de mais um filhote.

Mas, não deixo de amar a minha pequena e jovem Nova Bréscia, engastada como uma jóia no meio dos vales e das colinas, evocando e homenageando com seu nome a grande cidade da Lombardia, a Bréscia italiana de meus avós.

Mas foi aqui em Porto Alegre, que escolhi viver. Assim, amo Nova Bréscia como quem quer à sua mãe, mas amo Porto Alegre como se ama a uma noiva, a minha escolhida, a minha prometida. O amor à mãe é um amor de reconhecimento e de gratidão, mas o amor à escolhida, à prometida, é um amor de doação, de interligação de criação, de geração.

Bem por isso, da minha união com Porto Alegre, surgiu como fruto a minha empresa. E se me perguntam por que a Churrascaria Nova Bréscia a cada dia mais cresce em prosperidade e alegria, respondo: Porque ela é resultado dessa minha amorosa ligação com Porto Alegre. Porque esta cidade age e reage humanamente: basta amá-la para que nos retribua com seu amor!

Então, queridos amigos, esta outorga de cidadania é mais do que o cerimonial de batismo de um novo Porto-Alegrense. É uma Crisma, é uma confirmação. Crisma-se uma relação de doação. Confirma-se uma relação de amor. Ou, se o quiserdes, mais do que a solene outorga da cidadania, é a sacramentação de uma amorosa, feliz e harmônica união entre um homem e uma cidade!

Ao Vereador Jaques Machado – Jacão, que teve a generosa iniciativa de propor o honroso título que hoje recebi, o meu agradecimento perene. E a vós todos representantes do povo Porto-Alegrense, que com não menor amizade e bondade chancelastes a fraterna proposição, o meu reconhecimento mais profundo. O nome de todos e de cada um de vós ficará indelevelmente gravado no meu coração de homem simples, mas sincero e amigo. Sendo o que sou, obtive esse imenso e jamais esperado galardão: o de Cidadão Emérito de Porto Alegre. É o maior estímulo para que eu continue a ser o que sempre fui. E isto solenemente eu vos prometo para honrar sempre o nobre título que me outorgastes! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ao ensejo do encerramento desta Sessão Solene eu refletia como a vida dá voltas e que hoje pretendia estar lá naquele microfone em nome da Bancada do PFL, tendo em vista a viagem do Sr. Presidente, Ver. Brochado da Rocha, como Vice-Presidente o substituo. Pedi ao Ver. Jaques Machado que representasse a Bancada do meu Partido nesta homenagem. Homenagem que se nota e se define como uma homenagem de amigos. Pedia ao nosso Marcos Rachewski que me ajudasse e temia fazer alguma injustiça e creio que mesmo trabalhando a quatro mãos foram feitas injustiças, mas não podemos deixar de registrar as presenças de tantos colegas do Basségio, da Churrascaria Zequinha, da Santo Antônio, do Galetão, da Passoquinha, do Fernando Miranda que está lá ao fundo, do Miguel da Vinícola Aurora, da Churrascaria São Rafael, um representante da Caravana Gastronômica. São tantos, o Helio Wolfrid, o ex-Prefeito João Antonio Dib, Félix Peter, os proprietários de restaurantes italianos, que conseguem ter na direção o Marcos Rachewski, que não é dono de restaurante, e pelo nome imagina-se que também não seja italiano, o Wilson Muller, que de italiano não tem nada e nem é dono de restaurante, o Dione York Bado, que é o grande jornalista que noticia todo este tipo de evento, os pais do nosso homenageado, Sr. Guido e Sra. Aldina Basségio.

E eu acho que, encerrando, podemos evocar três coisas: A Nova Bréscia, uma pequena cidade que não se sabe por que estranhos desígnios, de um momento para outro, espalhou por este País inteiro pessoas que, dentro desta área, a culinária, transmitem a todo nosso País os costumes do Rio Grande do Sul, a sua culinária. Lembra-me o Ver. Jorge Goularte, que na minha lista eu não li Biágio e Chico - está escrito. Mas como eu comecei a pensar nas três coisas que eu queria falar hoje, são os nomes Basségio - estão ali com aquela simpatia tradicional. E o segundo, também de Nova Bréscia, o Catacro. E, mais dia ou menos dia, terá sido aprovado nesta Casa também um nome de rua ou o nome de uma praça. A sua esposa, neste momento, está escolhendo, junto aos órgãos da Prefeitura, uma praça, uma rua para a sua imortalidade.

E, finalmente, no encerramento desta tarde, Nova Bréscia, Caravana Gastronômica, me lembra sempre, e me lembrará sempre, José Antônio Daudt. Muito obrigado.

Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h09min.)

* * * * *